TDAH
  • O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é o transtorno psiquiátrico mais comum não-diagnosticado entre os adultos e um dos mais prevalentes na população mundial: 3 a 5% de adultos e crianças apresentam o problema, segundo o psicólogo clínico Ronaldo Ramos, diretor executivo da Associação Brasileira de TDAH. Um novo levantamento feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também mostra que o consumo do medicamento metilfenidato, usado para o tratamento de hiperatividade, cresceu 75% de 2009 a 2011 por crianças com idades entre seis a 16 anos.
  • "O uso de medicação contra TDAH pode ser iniciado por volta dos oito anos de idade, de forma a estimular uma maior produção de neurotransmissores no cérebro da criança e melhorar a atenção", explica o psicólogo Ronaldo. Mas é preciso fazer um diagnóstico preciso da doença antes e - se realmente for detectado o problema - aliar ao tratamento medicamentoso terapias e alguns hábitos diários. Confira o que especialistas recomendam aos pais e responsáveis para melhorar o convívio, o bem-estar e o desenvolvimento da criança.
 
  • Regras são necessárias
  • A neuropsiquiatra Evelyn Vinocur, especialista em TDAH, dá a seguinte recomendação: "Estabeleça regras de modo simples e específico e escreva-as em post-its que fiquem em locais de fácil visão. Você também pode pedir para que ele repita as instruções, de forma a fixá-las, mas sem esbravejar - sempre com paciência.
  • Segundo o psiquiatra infantil Gustavo Teixeira, professor visitante do Departament of Special Education da Bridgewater State University, nos Estados Unidos, crianças com TDAH apresentam dificuldade em se organizar, são "esquecidas". "Devemos auxiliar com estratégias que prendam a atenção e as façam se lembrar de compromissos e regras", explica o médico.
 
  • Reforço positivo
  • Gustavo Teixeira conta que elogios são bons exemplos de reforço positivo em casos de bons comportamentos: "Vamos lá", "você consegue", "parabéns", "bom trabalho". Fique atento a todas as oportunidades para elogiar sempre que ele fizer algo corretamente. "Mas tenha cuidado para não exagerar demais quando há pequenos acertos, pois ele vai perceber", comenta Evelyn Vinocur. Procure elogiar o que há de melhor na criança.
 
  • Limite de críticas
  • Se não for possível elogiar o comportamento, dê um retorno mesmo assim - sempre por meio de um diálogo. Lembre-se de que isso não é um passe livre para criticar demais a criança, mas sim esclarecer o que seria mais apropriado e esperado dela naquele momento. "Criticar demais prejudica a autoestima da criança, que é ainda mais vulnerável por causa do TDAH", explica o psiquiatra infantil Gustavo. Cobre empenho e não resultados.
 
  • Planeje as atividades
  • "Crianças com TDAH apresentam dificuldade em gerenciar o tempo e se organizar em qualquer atividade", explica Gustavo Teixeira. Por isso, ajude o  a mudar de forma suave e gradativa, planejando com antecedência as atividades. Procure também preparar a criança para qualquer mudança que altere a sua rotina, como festas, mudanças de escola ou de residência.
 
  • Paciência e humor
  • É verdade que todos os pais e educadores precisam ter muita paciência e bom humor para educar, mas pais  e educadores de crianças com TDAH precisam reforçar um pouco mais esse cuidado. Pode ser difícil entender algumas atitudes impulsivas da criança, que tende a agir e falar em alguns momentos sem pensar ou a não prestar atenção em assuntos importantes. "Com senso de humor e calma, você terá condições de evitar conflitos", sugere Evelyn Vinocur.
 
  • Respeito e compreensão
  • "Tenha sempre em mente que você está lidando com uma condição médica e não com uma falha de caráter", afirma Evelyn Vinocur. Espere que ele tenha dias bons e ruins, mas lembre-se de que culpar, não vai ajudar em nada. "Todos vocês estão juntos no mesmo barco e fazendo o melhor que podem", diz a neuropsiquiatria.
  • Não se esqueça de que o educando está tentando corresponder às expectativas, mas às vezes não consegue por conta das características do TDAH. Procure não desanimar diante dos obstáculos. Converse bastante com especialistas para se sentir melhor e mais seguro diante de suas atitudes com a criança.
 
  • Seja objetivo
  • Mantenha limites claros e consistentes, olhando nos olhos da criança sempre que for falar e relembrando-os com frequência. "Não fale muito nem seja mole demais - responda com clareza a ação apropriada", sugere Evelyn Vinocur. Dessa forma, você facilita o entendimento e a compreensão das regras.
 
  • Evite comparações
  • Não faça comparações entre estudantes. "Cada criança tem suas facilidades ou dificuldades específicas e fazer comparações pode estimular a competição entre elas e prejudicar a autoestima", esclarece o psiquiatra infantil Gustavo.
 
  • Saiba o que a criança está sentindo
  • Não sabe como? O diálogo é sempre o melhor caminho. "Conversar, explicar, orientar, apoiar e procurar entender as dificuldades da criança é fundamental para ajudar no desenvolvimento acadêmico e social", afirma Gustavo Teixeira. Nessas conversas, procure sempre perguntar do que a criança precisa e o que está achando das coisas. É claro que não vai dar para atender a todos os pedidos dela, mas é possível estabelecer acordos.
 
  • Atividades sempre finalizadas
  • Ensine a criança a não interromper as atividades. O psicólogo clínico Ronaldo Ramos, diretor executivo da Associação Brasileira de TDAH, conta que a criança com a doença tem dificuldade de completar tarefas porque há outros estímulos dentro do ambiente que ela está que chamam a sua atenção, dificultando o foco. "Procure estabelecer um período certo para a tarefa que não seja muito prolongado, incluindo também alguns momentos de descanso entre uma atividade e outra", sugere o especialista.
 
  • Sala de aula sem estímulos exagerados
  • O ambiente escolar não pode ser um lugar repleto de elementos que vão desviar o foco da criança, como brinquedos, pôsteres, etc., explica o psicólogo Ronaldo, que dá um exemplo: o espaço onde a criança vai estudar precisa ser uma escrivaninha com poucos objetos em cima e sem muitos pôsteres na parede. "Esse cuidado é uma forma de melhorar o rendimento da atenção."
 
  • Estimule a pratica de atividades físicas
  • A criança com TDAH que tem agitação psicomotora pode se beneficiar dos exercícios físicos. "É bom intercalar atividades mais calmas com atividade física, como forma de lazer e para gastar um pouco da energia e diminuir a agitação", explica Ronaldo Ramos. Mas é importante estabelecer regras: pode jogar futebol por uma hora, por exemplo, e não durante mais de quatro horas seguidas. "A criança pode não ter limites se gostar muito da atividade, a ponto de não se dedicar a outras atividades e ficar exausta", conta o psicólogo.
 
  • Estimule amizades
  • É por meio do contato com outras crianças que o estudante também irá aprender algumas regras de sociabilidade e estabelecer limites para suas atitudes. "As crianças hiperativas falam tudo o que vem à cabeça, sem filtrar, e podem se tornar desagradáveis nos relacionamentos", diz o psicólogo Ronaldo. "Já as crianças que são mais desatentas tendem a ser mais introspectivas, precisando de um estímulo para se relacionar." Procure sempre conversar com os professores da escola para saber como anda o convívio do seu filho com os colegas e o comportamento de todos.
 
  • Estimule a independência
  • O professor deve estar à disposição para ajudá-la a se organizar, a agir e a não perder o foco. "Não é errado, mas é preciso fazer com que ela aos poucos se lembre das regras e se organize sozinha", recomenda Ronaldo Ramos.
 
  • Brincadeiras com jogos e regras
  • Além de serem divertidas, essas brincadeiras desenvolvem a atenção da criança e permitem que ela se organize por meio de regras e limites. Desse modo, o estudante aprende a participar e a compreender momentos de vitória, empate e de derrota.
Fonte: Minha Vida
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15 thoughts on “TDAH

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