Autismo
  • A maioria deles nasce normal, alguns até espreguiçam e choram na maternidade como todos os bebês sadios, mas já nos primeiros meses de vida, às vezes até os cinco anos, começam a surgir os sintomas de um fenômeno doloroso que os especialistas discutem e não conseguem explicar. São estranhos comportamentos de crianças que perdem a fala, são incapazes de olhar as pessoas e isolam-se cada vez mais num mundo misterioso e impenetrável – o mundo do autismo. Do grego autos, que significa ele mesmo, de si mesmo. Uma síndrome ou doença até hoje incurável. Suas causas confundem os profissionais, suas consequências atormentam os pais, que em seu desespero iniciam uma interminável peregrinação aos consultórios e unem-se em associações numa incansável luta pela recuperação de filhos queridos mas imprevisíveis e distantes. De origem psicológica ou orgânica – as teorias são muitas, as receitas multiplicam-se – o resultado é o mesmo: sofrimento e dor, angústia e esperança.
 
  • A estimativa é de 4 autistas para cada grupo de 10 mil pessoas (cerca de 65 mil no Brasil) e a maioria é de meninos, na proporção de 3 para cada menina. Pouco se sabe a respeito de autistas adultos, a explicação para isso é simplista, mas pode ser verdadeira: os autistas eram confundidos com “débeis mentais “. A incapacidade muito acentuada de desenvolver relações interpessoais nos cinco primeiros anos, caracteriza-se por uma falta de reação e de interesse pelos outros, sem comportamento de apego normal. Essas dificuldades se manifestam na primeira infância: pela ausência de uma atitude de antecipação (ao dar colo a essas crianças, elas assumem uma postura rígida, ao contrário do esperado); pela ausência de contato visual e pela ausência de resposta de sorriso e de mímica. A criança autista não utiliza o contato visual para chamar a atenção, além disso, há ausência, atraso ou cessação do sorriso, em resposta aos sorrisos dos outros. É indiferente aos outros, os ignora e não reage à afeição e ao contato físico.
 
  • Ausência de apego seletivo: a criança parece não distinguir os pais dos adultos estranhos. O autista se comporta mais frequentemente como se estivesse só, como se os outros não existissem. Mais ainda, as crianças autistas não procuram ser acariciadas ou reconfortadas pelos pais quando tem dor ou quando tem medo. Às vezes, elas se interessam por uma parte do outro, sua mão, um detalhe do vestuário. Na primeira infância existe inaptidão a brincar em grupo ou a desenvolver laços de amizade; mostram pouca emoção, pouca simpatia ou empatia por outro. À medida em que crescem (cerca de 5 ou 6 anos) pode se desenvolver uma maior ligação, mas as ligações sociais permanecem superficiais e imaturas.
Redes Sociais:
Visitantes: 192

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *