Idade dos pais e risco de Autismo
  • Pais com idade avançada, mães adolescentes e casais com grande disparidade de idade entre si correm risco maior, de acordo com estudo publicado no Molecular Psychiatry
  • Filhos de pais com mais de 50 anos correm 66% mais risco de autismo, em comparação com pais em seus 20 anos. Mães adolescentes também têm 19% mais probabilidade de terem o transtorno (Thinkstock/VEJA/VEJA). Filhos de mães adolescentes, de pais com mais de 10 anos de diferença de idade entre si e de casais com mais de 40 anos correm mais risco de desenvolver autismo. É o que diz o maior estudo multinacional já realizado relacionando idade dos pais e risco de autismo. ​De acordo com os autores, o objetivo da pesquisa, publicada nesta terça-feira, no periódico cientifico Molecular Psychiatry, era determinar se a idade avançada do pai, da mãe ou de ambos aumentaria o risco de autismo e de quanto seria esse aumento. Os resultados mostraram que quando os pais têm mais de 50 anos, o risco de autismo da criança é 66% maior em relação aos filhos de pais com 20 anos.
 
  • Causa – Os autores atribuíram este aumento no risco às mutações genéticas no esperma resultantes do envelhecimento.
 
  • Maior pesquisa já realizada sobre o assunto – Os pesquisadores analisaram dados de mais de 5,7 milhões de crianças nascidas entre 1985 e 2004 em cinco países diferentes – Dinamarca, Israel, Noruega, Suécia e Austrália. Ao longo do estudo, que acompanhou as crianças até 2009 por meio de registros de saúde, 30.902 participantes foram diagnosticas com transtorno do espectro autista (TEA). A partir dos dados coletados durante os anos de acompanhamento, os autores conseguiram detectar a influência da idade dos pais no aumento do risco de autismo.
 
  • “Embora já houvesse outras pesquisas relacionando autismo e idade dos pais, este estudo é singular. Ao vincular os registros nacionais de saúde de cinco países, criamos o maior conjunto de dados do mundo para a investigação sobre os fatores de risco do autismo. O tamanho do conjunto de dados nos permitiu olhar para a relação entre a idade dos pais e o autismo em uma resolução mais detalhada”, disse Michael Rosanoff, coautor do estudo e diretor de pesquisa em saúde pública da Autism Speaks, organização que financiou o trabalho.
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