Inventário Portage Operacionalizado
  • Aída Teresa dos Santos Brito
  • Natalie Brito Araripe
 
  • Antes de começarmos a falar do Portage, é importante ressaltarmos que uma avaliação analítico-comportamental deve ser abrangente. Isso significa que deve abranger vários ambientes e pessoas, a fim de que observemos repertórios em diversas áreas: social, cognitivo, comunicativo, autocuidado... portanto, a eleição do instrumento a ser utilizado também deve levar em consideração essa característica.
 
  • O Portage surgiu com um projeto na área de desenvolvimento infantil, em 1969. É um bom instrumento para o rastreio do desenvolvimento de bebês e crianças pequenas. Duas brasileiras, Lucia Willians e Ana Aielo, traduziram e operacionalizaram os itens, de forma que o instrumento também possa ser usado como guia curricular.
 
  • O Portage avalia 580 comportamentos, relativos ao desenvolvimento típico de 0 a 6 anos, em cinco áreas: motora, linguagem, cognitiva, socialização e autocuidado. Existe também uma área especifica para avaliação de bebês pequenos, de 0 a 4 meses, chamada estimulação infantil. É um instrumento que pode ser usado tanto por profissionais da saúde, quanto por profissionais da educação.
 
  • Na área motora, são avaliadas as motricidades ampla e fina. Na área de cognição, é avaliado linguagem receptiva e as relações de igual e diferente. Na área de socialização, são avaliados comportamentos de interação com outros, interação com pares. Na área de autocuidado, são avaliados fatores de independência da vida diária. Por fim, a linguagem expressiva entra na grande área de linguagem.
 
  • As autoras indicam que o instrumento comece a ser aplicado na faixa etária da criança ou em faixa etária anterior a que ela está, no entanto, se a criança pontuar 15 erros consecutivos em determinada faixa, o aplicador deve retroceder uma faixa na aplicação. O critério geral para considerar acerto em um item é o de apresentar três respostas corretas a cada quatro tentativas. Além da avaliação, o Portage contém um guia curricular, com sugestão de atividades para cada item. E apesar de não ter critérios de aquisição e manutenção de repertório, é um instrumento riquíssimo para o planejamento curricular do analista do comportamento.
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