Espaço sináptico
  • Olá colegas,
  • O que acontece no espaço sináptico e como ele funciona?
  • Nas sinapses, dois neurônios são conectados para que as informações sejam transmitidas umas às outras. Essas sinapses não significam contato direto entre os dois neurônios, mas são dadas em um espaço ou fissura sináptica, que é o lugar onde ocorre a troca.
  • Durante a sinapse química, o neurônio que passa a informação (pré-sináptica) libera uma substância, neste caso um neurotransmissor, através do botão sináptico, liberando-o no espaço sináptico, também chamado de fissura sináptica. Posteriormente o neurônio pós-sináptico, que possui receptores específicos para cada neurotransmissor, é responsável por receber informações através dos dendritos.
  • Foi o microscópio eletrônico que nos permitiu descobrir que a comunicação entre os neurônios não implicava o contato entre eles, mas há um espaço onde os neurotransmissores são liberados. Cada um desses neurotransmissores tem efeitos diferentes que afetam o funcionamento do sistema nervoso.
 
  • Sinapses químicas e espaço sináptico
  • Existem principalmente dois tipos de sinapses: elétrica e química. O espaço entre os neurônios pré-sinápticos e pós-sinápticos é substancialmente maior em sinapses químicas do que nas elétricas, recebendo o nome de espaço sináptico. A característica chave destes é a presença de organelas limitadas por membranas, chamadas vesículas sinápticas dentro da terminação pré-sináptica.
  • As sinapses químicas são produzidas como resultado da liberação de substâncias químicas (neurotransmissores) na fissura sináptica, que atuam na membrana pós-sináptica, causando despolarizações ou hiperpolaridades. Na presença da sinapse elétrica, a química pode modificar seus sinais como resposta a eventos.
  • Os neurotransmissores são armazenados nas vesículas do botão terminal. Quando um potencial de ação atinge o botão terminal, a despolarização faz com que ocorra a abertura dos canais de Ca++, que penetra no citoplasma e provoca reações químicas que fazem as vesículas expelirem os neurotransmissores.
 
  • Propriedades dos neurotransmissores
  • Antes acreditava-se que cada neurônio era capaz de sintetizar ou liberar apenas um neurotransmissor específico, mas hoje sabe-se que cada neurônio pode liberar dois ou mais. Para que uma substância seja considerada um neurotransmissor, deve satisfazer os seguintes requisitos:
    • A substância deve estar presente no neurônio pré-sináptico, nos botões terminais contidos nas vesículas.
    • A célula pre-sináptica contém enzimas adequadas para sintetizar a substância.
    • O neurotransmissor deve ser liberado quando certos impulsos nervosos atingem os terminais.
    • Os receptores de grande afinidade precisam estar presentes na membrana pós-sináptica.

    • A aplicação da substância produz alterações nos potenciais pós-sinápticos.
    • Deve haver mecanismos de inativação de neurotransmissores dentro ou em torno da sinapse.
    • O neurotransmissor deve satisfazer o princípio da mímica sináptica. A ação de um suposto neurotransmissor deve ser reproduzível pela aplicação exógena de uma substância.
 
  • Os neurotransmissores afetam seus alvos interagindo com os receptores. Uma substância que se liga a um receptor é chamada de ligante e pode ter 3 efeitos:
  • Agonista: inicia os efeitos normais do receptor.
  • Antagonista: é um ligante que se vincula a um receptor e não o ativa, por isso impede outros ligantes de ativá-lo.
  • Agonista inverso: liga-se ao receptor e inicia um efeito que é o oposto da função normal deste.
  • Fonte - A mente é maravilhosa
 
  • Referências bibliográficas
  • Carlson, n. (1996). Fisiologia do comportamento. Barcelona: Ariel.
  • Haines, de. (2003). Princípios da Neurociência. Madri: Ciência Elsevier.
  • Kandel, E.R., Schwartz, J.H. e Jesell, T.M. (19996). Neurociência e comportamento. Madri: Prentice Hall
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