- Quais são as causas do autismo?
- As causas do autismo ainda não foram totalmente esclarecidas, mas um grande número de estudos já determinou a genética como principal fator no desenvolvimento do TEA.
- Além disso, fatores ambientais também podem se tornar fator de risco para o diagnóstico. Aqui estão incluídos:
- Exposição a ácido valpróico: presente em medicamentos para transtorno bipolar e epilépticos;
- Idade paterna: mães jovens e homens mais velhos ou pais com mais de 50 anos.
- Existem ainda fatores em estudo, mas que não foram totalmente comprovados. Enquanto isso, devido à importância da genética para o autismo, exames de sequenciamento genético têm sido cada vez mais comuns.
- Quem carrega o gene do autismo?
- O questionamento sobre quem carrega o gene do autismo – o pai ou a mãe da criança – é bem comum em famílias com diagnóstico de autismo. Nisso, é preciso entender, primeiramente, que existe uma diferença importante entre genética e hereditariedade:
- Genética: os genes estão presentes em todos os organismos vivos, isso vale desde bactérias e vírus até plantas e humanos. Esse campo estuda, principalmente, a transmissão de características biológicas de uma geração para outra, passando pela hereditariedade e variação entre os organismos;
- Hereditariedade: é a transmissão de características de pais para filhos. Aqui, são abrangidas informações genéticas e fenotípicas que, quando transmitidas dos pais aos descendentes, são chamadas de hereditárias.
- Assim, é importante esclarecer que o autismo pode ser causado pela genética, mas nem sempre vai ser hereditário. Isso significa que o autismo da criança não se desenvolve todas às vezes por causa de genes passados pelo pai ou pela mãe.
- Ainda sobre esse assunto, em 2019 o período JAMA Psychiatry trouxe as seguintes confirmações:
- De 97% a 99% dos casos de autismo são causados pela genética;
- Destes, 81% eram hereditários e
- De 1% a 3% tinham origem em fatores ambientais.
- Como saber se tenho gene de autismo?
- A maneira de identificar se o pai ou a mãe têm os genes do autismo é por meio da realização de exames de sequenciamento genéticos. Mas é sempre importante lembrar que essas investigações não devem, nunca, acontecer numa tentativa de não ter mais filhos no espectro. Como pontua a geneticista Graciela Pignatari: “Exame genético não deve ser usado para fins de eugenia”.
- Além disso, o autismo não é doença e não tem cura. O que existem são intervenções com objetivo de melhorar a qualidade de vida e dar mais independência para pessoas no espectro.
- fonte: Graciela Pignatari e a genética do autismo
- Abraços Inclusivos!