Memorização para pessoas com surdocegueira

A aprendizagem acontece de forma diferenciada para todos os indivíduos. Devemos estar atentos às estratégias de ensino que possibilitem vivenciar propostas significas as pessoas com surdocegueira e/ou com deficiência múltipla sensorial. A princípio deve-se ressaltar a importância na construção da relação pessoal entre a criança e o professor. Essa inter – relação favorecerá a construção da identidade como também a criança obterá a confiança para exprimir suas decisões.

Para que haja êxito no auxílio da criança a memorizar é necessário o planejamento e implementação centrados na necessidade específica para cada criança de acordo com suas necessidades e suas preferências. As crianças surdocegas apresentam curta duração da memória. Esta pode ser ajudada por atividades na qual a ordem dos movimentos é importante. O alfabeto manual pode ser usado com as crianças que tem problemas motores. Este sistema requer pouca coordenação motora. O alfabeto manual pode ser desenvolvido se a criança tiver resíduo visual, deve - se ensinar antes as palavras escritas e depois os movimentos da mão, mas é preferível soletrar a palavra completa na mão da criança surdocega.

A memória tem uma importante função no desenvolvimento da consciência e personalidade. A criança surdocega precisa de muita conversação para adquirir linguagem e dominá-la. Um dos meios para aumentar a freqüência é se lembrar dos eventos e isto pode ser feito usando o livro de memórias para a criança parcialmente cega ou caixa de memória para a criança totalmente cega. A princípio buscamos características que podem representar eventos ou situações que podem ser ordenadas e registradas. Para a criança totalmente cega que ainda não aprendeu Braille nós introduzimos a caixa de memória contendo objetos práticos coletados de um evento ou situação, cada evento requer sua caixa. No inicio escolhemos alguns eventos regulares que fortemente apelam para a criança. Mais tarde, podemos estender esta escolha para todos os tipos de situações e coerências. No início é necessário seguir uma rotina de comemorações, até a criança assimilar, e então gradativamente poderemos introduzir variações. A criança de visão reduzida, introduzidos o livro de memória, um diário poderá conter gravuras desenhos, fotografias, etc. A criança aprende a observar e a compreender as gravuras.

A Dramatização é uma outra forma de despertar memórias e geralmente atrai a atenção de uma criança com pouca linguagem. A dramatização realça um acontecimento que oferece muitos pontos para a conversação. Serve também para estimular a imaginação da criança, sua percepção, seu desenvolvimento social e emocional, etc. A criança com surdocegueira não poderá aprender sem ajuda, mas o trabalho serácada vez mais fácil quando a comunicação tiver sido estabelecida. Sempre deveremos saber quando a criança está se comunicando pelo modo como está se comportando e devemos ser hábeis na hora de interpretar sua comunicação e responder.