- Mediante uma dificuldade específica de leitura e escrita, deve-se procurar profissionais especializados na área, para que sejam realizadas avaliações pertinentes a um caso de dislexia. Na busca de um diagnóstico preciso e do planejamento para uma intervenção e remediação, um completo diagnóstico diferencial deve ser administrado, considerando a totalidade da síndrome da dislexia. É necessário verificar se é uma dislexia propriamente dita, ou se é um atraso no desenvolvimento da leitura decorrente de fatores adversos como uma deficiência sensorial ou atraso cognitivo. No entanto, há casos em que podem ocorrer comorbidades, ou seja, mais de um transtorno ao mesmo tempo. Um exemplo disso é a presença da dislexia associada a um quadro de Transtorno de Déficit de Atenção (mais comumente conhecido pelo frequente sintoma da hiperatividade). Nesses casos, uma avaliação médica faz-se necessária.
- Além de verificar os sinais clássicos (se reportar à janela Dislexia de A à Z deste site), devem ser investigadas áreas referentes a:
- · capacidades de linguagem
- · capacidades oral e escrita (em termos de processamento - o mecanismo da leitura e da escrita; e de uso em contexto - interpretação ou elaboração de textos).
- · funções cognitivas superiorescomo a atenção, memória e percepção (sobretudo auditiva e visual).
- · aspectos psicomotores e grafomotores (relacionados, por exemplo, aos sintomas como dificuldade de orientação ou lateralidade e às alterações gráficas da escrita).
- · histórico familiar (há estudos que relatam alterações linguísticas diversas, alcoolismo, problemas de tireóide, e outras, em ascendentes de disléxicos).
- Estas áreas são utilizadas nas avaliações de fonoaudiologia, e se complementam com as avaliações neuropsicológica e de psicologia cognitiva. Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico de Dislexia, maiores serão as chances de tratamento especializado ou adequado, minimizando, assim, as conseqüências das dificuldades escolares e/ou sociais. Entretanto, a intervenção pode ser iniciada em qualquer idade, o que certamente tem muito a contribuir para o sucesso do indivíduo disléxico.
- Para pais
- · Descubra tudo que você puder sobre o desempenho de seu filho e os melhores caminhos para ele.
- · Procure o profissional adequadopara ajuda-lo. Pai e mãe devem participar juntos desta tarefa.
- · Tente desenvolver um bom relacionamento com seus professores e discuta se possível o problema com eles.
- · Sempre se pergunte: “O que eu estou fazendo: estou ajudando meu filho ou somente estou dando vazão à minha frustração?”
- · Tente ficar calmo ao receber alguma notificação escolar.
- · Ensine seu filho a fazer coisas por si próprio, dando-lhe autonomia.
- · Ensine a ele como se organizar, usando seu tempo da melhor maneira.
- · Seja paciente com os progressos que ele fizer, quando estiver tendo atendimento apropriado. Não vão acontecer milagres. Tudo isto leva tempo. É necessário muita determinação e esforço.
- · Ele poderá ter muitos desapontamentos como: ser chamado de bobo ou preguiçoso, chegar atrasado em compromissos, ter frustrações nos trabalhos escolares. Mas vocês como pais podem ajudá-lo a vencer a maioria deles, desde que percebam a tempo. Preste atenção nos sinais de stress, como enurese ou introversão. Não pense que necessariamente todos esses sinais são por causa da dislexia. Seu filho está crescendo e pode ter problemas como qualquer adolescente. Tem que haver uma intervenção gentil, mas com firmeza.
- · Vários professores, psicólogos, clínicos e outros profissionais, de alguma maneira compreendem e são solidários aos disléxicos.
- · Não o deixe desistir.
- · Ele poderá ficar tão cansado com o esforço que faz na escola, que precisará, eventualmente, ter um dia mais folgado.
- · Sua criança é disléxica e depende muito de sua atenção. Mas não dê mais atenção a ela do que aos outros membros da família.
- · Nunca compare crianças.
- · Você pode se tornarneurótico(a) ou super protetor(a), o que é um perigo.
- . Qualquer que seja a idade deseu filho, leia para ele. Muitos disléxicos não compreendem o que estão lendo e é quando você deve agir.
- · Digite suas anotações escolares.
- · Algumas matérias podem ser gravadas em fita cassete.
- · Desenvolva o interesse dele por arte de um modo geral ( teatro, música, arte e música ).
- · Assista TV, vídeos com ele e depois converse sobre o que viram.
- · Incentive as atividades livres.
- · Elogie, motive, informe e estimule sua auto confiança e sua auto-estima.
- · Não é simples ensiná-los a amarrar cordões em sapatos e a abotoar.
- · Sapatos sem cadarços com elástico, ou velcro, podem diminuir o problema, apesar não o resolver.
- · Uma pessoa canhota, exercita tarefas de maneira diferente da pessoa destra. Por isso se você e seu filho não usam o mesmo lado das mãos (a mesma lateralidade), você deve ensinar essas tarefas em frente a ele. Caso vocês usem o mesmo lado, isto é, ambos são destros ou ambos são canhotos, você deve ficar atrás dele para ensiná-lo.
- · Para ensinar a abotoar, sempre comece da parte inferior do botão e não em cima, pois fica embaixo de seu queixo e ele não poderá ver bem.
- · Explique à criança o que você está fazendo, enquanto está executando a tarefa.