ABA refere-se ao termo em inglês Applied Behavior Analysis e pode ser traduzido para o português como Análise do Comportamento Aplicada. A Análise do Comportamento em si é uma linha teórica da psicologia, assim como a Psicanálise, Psicologia Cognitiva ou Psicodrama. Cada linha teórica trabalha de uma maneira diferente. No caso da Análise do Comportamento, trabalhamos com comportamentos que podem ser observados e modificados. Basicamente, trabalhamos com os eventos antecedentes e consequentes do comportamento na modificação do mesmo. No caso de uma criança que morde outra, por exemplo, podemos avaliar: em quais situações isso ocorre, em quais horários, quais crianças são as principais “vítimas”, qual a reação das crianças e dos adultos que estão naquele ambiente, se ela tem acesso a algum brinquedo após a mordida, enfim, uma série de variáveis podem ser avaliadas e algumas modificadas.
A Análise do Comportamento possui três principais braços: o Behaviorismo que trata da filosofia da ciência comportamental, a Análise Experimental do Comportamento que trabalha com pesquisas básicas de laboratório e a Análise do Comportamento Aplicada que envolve o desenvolvimento de tecnologia para se trabalhar em ambientes mais naturais, do dia-a-dia. A Análise do Comportamento Aplicada se popularizou na clínica como Terapia ABA (ABA Therapy), mas cientificamente, seria mais correto dizer intervenções em ABA (intervenções em Análise do Comportamento Aplicada). Nesse Blog será utilizado o termo Terapia ABA para se falar sobre esse tipo de intervenção.
As intervenções em ABA foram e são realizadas em contexto de pesquisa e ciência. Inúmeros são os estudos que dão suporte a essa prática, por isso, ela vem sendo amplamente utilizada, especialmente no tratamento de pessoas com autismo. Esse tipo de intervenção é feita de maneira estruturada, focando nos comportamentos alvo de intervenção, o que em sua maioria envolve comportamentos ligados à linguagem e comportamentos inadequados. Infelizmente no Brasil, esse tipo de terapia está restrito aos grandes centros e também a um grupo pequeno de profissionais particulares especializados. Todo trabalho é feito de forma individualizada e intensiva, o que encarece o custo da terapia.